— É um mecanismo simples —, responde Joshua. Eu me junto a eles na cozinha e me inclino contra a ilha ao lado de Freddie, observando como meu filho limpa o armário de biscoitos. Ele está sempre com fome, com surtos de crescimento passando como tempestades. — David não tem comida? — noto. — Tem, mas ele não tem os melhores, então eu disse que levaria alguns —, responde Joshua. Abre a mochila e os coloca lá. — Mande uma mensagem quando você chegar lá. — Pai —, queixa-se, — ele mora a cinco minutos de distância. Não, quarenta. — Eu sei — eu digo — Por que você acha que tem permissão para ir lá? Ele revira os olhos para mim e tira Garcia do balcão da cozinha. Essa gata adora estar em lugares que ela sabe que não deveria. — Tchau —, diz. — Você está levando o carregador do seu celular? — Freddie o lembra. — Sim. — Bom — ela o interrompe no caminho e aperta um beijo em seu cabelo — Divirta-se querido e diga "oi" aos pais de David por nós. — Sim, tudo bem — ele bate na minha palma com a dele, mesmo que seu olhar deixe claro que os high fives não são mais legais. Desaparece pela porta da frente com um murmurado te vejo mais tarde para sua gata. A casa está em silêncio. Eu olho para Freddie, e ela olha para mim, um sorriso se espalhando por seu rosto. Sinto ele até os ossos. — Então, Sra. Conway —, eu digo. Fecho a distância entre nós. — Sim, Sr. Conway? — Ouvi dizer que meus serviços eram necessários. Ela enrola as mãos no meu pescoço, os olhos cintilando. — São mesmo. Se não for pedir muito... — Ah, acho que vou abrir uma exceção para você, senhora — inclino a cabeça e a beijo cuidadosamente, recebendo seu calor e paixão. O meu já está queimando debaixo da minha pele. Passo a mão pela lateral do corpo dela, encontrando a curva da cintura e do quadril. Alisando sobre a forma firme de seu bumbum e até a bainha do vestido. — Você tirou mesmo? — pergunto. Ela levanta uma sobrancelha. — Por que você não verifica? Eu sorrio como resposta e começo a empurrar seu vestido para cima. Estou a poucos centímetros de distância quando o som estridente do meu telefone corta a cozinha. Uma mensagem. Continuo minha lenta exploração até a coxa dela. — Pode ser Joshua —, diz Freddie. Xingando, pego o celular no bolso de trás. Puxo. Não é o Joshua.

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