175 Dr. Izidro, agredindo-o com empurrões; Oliveira, cinegrafista do sindicato dos que nesse momento percebeu o Dr. Izi- bancários. Relatou, então, o seguinte: dro pegando seu celular, aparentemente que foi o depoente quem gravou para filmar a ocorrência, o que certa- o vídeo juntado nos autos (neste mo- mente acirrou ainda mais os ânimos dos mento foi exibido o vídeo à testemu- “piqueteiros”, pois eles se reuniram em nha); que o advogado que constava maior número e começaram a agredir o na imagem conversava com o Sr. Je- advogado com socos e chutes, a ponto de ferson, um dos diretores do sindicato; deixa-lo caído no chão; que tem certeza que identifica o Sr. Jeferson na ima- desses fatos, pois de onde estava podia gem de fl. 62 como o senhor de blusa presenciá-los com nitidez; que começou vinho, com imagem circular no meio a gritar por socorro, pedindo que cha- da camisa; que o depoente é empre- massem a polícia; que nesse momento gado do sindicato exercendo a função percebeu a presença do Dr. Mauro, outro de cinegrafista; que não existia segu- advogado da CAIXA, que aparentemente ranças contratados no dia do piquet; estava tentando filmar as agressões; que que os advogados presentes (testemu- então os “piqueteiros” deixaram o Dr. Izi- nhas) ofenderam os grevistas; que se dro e “partiram para cima” do Dr. Mauro, a pessoa insistisse no piquet era auto- agredindo-o com mais intensidade ainda, rizada a entrar; que no dia existia um sendo certo que ele também chegou a bloqueio de entrada dos funcionários; cair no chão; que impulsivamente apro- que o bloqueio corresponde à imagem ximou-se para tentar ajudar o Dr. Mau- de fl. 120; que a pessoa só conseguiria ro, pois ele estava caído no chão e os entrar sem tirar a faixa se passasse por “piqueteiros” continuavam a chutá-lo; baixo; que era permitido abaixar ou que também chegou a cair no chão al- levantar a faixa; que não presenciou gumas vezes, a última delas por cima do a entrada de pessoas no prédio, mas Dr. Mauro, momento em que percebeu ficou sabendo que algumas pessoas que ele estava inclusive sangrando; que entraram. (fls. 74-v/75) os “piqueteiros” cessaram as agressões, Pelas narrativas acima, verifico que acreditando que a sua presença no cen- o tumulto se iniciou a partir da con- tro do tumulto inibiu-os, já que era uma duta do advogado da Caixa, Sr. José das poucas mulheres presentes na confu- Izidro, que tentou retirar a faixa que são (...) (fls. 47/48) bloqueava a porta para “forçar” seu in- Na ação civil pública ajuizada pelo Mi- gresso no prédio. Isso desencadeou a nistério Público do Trabalho, a Sra. Kari- reação dos grevistas, que se voltaram, na foi novamente ouvida, confirmando primeiro, àquele e, depois, ao autor, o depoimento prestado ao Parquet (fl. em especial quando fizeram alusão a 74-v). Além disso, foi ouvido, como tes- gravar os fatos. temunha, o Sr. Ricardo José da Costa e A greve é um direito fundamental Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016
Revista do TRT 10 V. 20 n. 2 2016 Page 174 Page 176