Vivemos tempos em que a Saúde Mental se tornou um tema essencial na nossa sociedade, amplamente discutido em inúmeros canais e contextos. Ainda que haja um longo caminho a percorrer no que diz respeito à disponibilização de serviços de Saúde Mental com a regularidade, o rigor e a abrangência exigida, muito já foi percorrido. E o Festival MENTAL muito tem contribuído para essa evolução através da discussão de aspetos essenciais da Saúde Mental e a íntima interligação com a Cultura. A nossa equipa, os nossos valores e a nossa empresa estão perfeitamente alinhados com o propósito do Festival MENTAL e é com muito gosto que a Psinove volta a ser parceira deste importante evento. Luis Gonçalves, Sócio gerente e Diretor clínico da Psinove Como todos sabemos, os últimos tempos têm-nos colocado desafios à nível da Saúde com que nunca tínhamos lidado. De um momento para o outro, e na sequência de uma pandemia global, acabámos por ter de enfrentar dúvidas, problemas e constrangimentos que aqui e ali se vão fazendo sentir, mas nunca de uma forma tão avassaladora. Além de todas as marcas físicas provocadas por um vírus ainda por domar, alargou-se o espectro das maleitas psicológicas, que na verdade ainda estão por medir. Porque não conhecemos a sua extensão e impacto – quem imaginaria um país totalmente parado e fechado em casa durante meses? – e porque a Saúde Mental está habituada a ser descurada aos mais diversos níveis. Trata-se de um campo tantas vezes subestimado e ainda sujeito a silêncios, equívocos e incompreensões. Ora, de há vários anos a esta parte, o Festival Mental opõe-se a esse silenciamento, trazendo para a ribalta estes temas e contando com um aliado de peso: o cinema. Por via da Cultura, da criação, do pensamento crítico, é muitas vezes possível refletir melhor, analisar os problemas sob outros ângulos, conhecer outras perspetivas. Ouvir os outros através das suas narrativas, sejam elas de origem documental ou puramente ficcionais; com origem em experiências próprias ou em episódios alheios que não podem ficar por contar. Mas a experiência do Festival Mental não se esgota no visionamento de filmes, e esse, só por si, já pode ajudar-nos a criar empatia, a conhecer melhor estes problemas. Em jeito de complemento, este festival também põe as pessoas a conversar. A fazer sínteses, a olhar com olhos de ver as questões da Saúde Mental que, aos poucos, vão deixando o limbo. Pela terceira vez, o Cinema São Jorge e a EGEAC são parceiros desta iniciativa que quer enfrentar problemas, superar vergonhas e estigmas, combater ideias feitas. Trata-se de um trabalho que nunca se esgota. A edição 2022 é só mais um passo nesta luta de todos os dias. Mesmo num contexto de “novo normal”, que tem forçosamente de mexer connosco. Dr.ª Joana Cardoso Presidente do Conselho de Administração da EGEAC 09
Festival Mental 2022 - brochura oficial Page 8 Page 10